Conversas sobre as coisas que leio, ouço, vejo e quero compartilhar. Um arquivo de textos jornalísticos e críticos e imagens...fragmentos de ideias, imagens e pensamentos sobre as coisas pelas quais me interesso: arquitetura, artes, cidades, cinema, design, filosofia, fotografia, literatura, memória, moda, música... Peço que, ao mencionarem ou reproduzirem o conteúdo deste blog, deem os créditos, especialmente das fontes originais (Mário Santiago)
Arquivo do blog
24.2.22
20.2.22
Una breve nota sobre el nuevo film de Alomodóvar
“Está na hora de você saber em que país mora. Parece que a sua família não te contou a verdade sobre o país. Há mais de 100 mil desaparecidos, enterrados por aí, em valas e perto de cemitérios. Seus netos e bisnetos querem poder desenterrar seus restos mortais para dar a eles um enterro digno, porque prometeram isso às suas mães e avós. E, até fazermos isso, a guerra não terá acabado. Você é nova, mas está na hora de saber onde seus pais e sua família estava."
8.2.22
Les temps e Sartre
"Quer escreva, quer trabalhe na linha de produção, quer escolha uma mulher ou uma gravata, o homem manifesta sempre: ele manifesta seu meio profissional, sua família, sua classe e, finalmente, como está situado em relação ao mundo inteiro, é o mundo inteiro que ele manifesta. Um homem é toda a terra. Está presente em todos os lugares, age em todos eles, é responsável por tudo. É em todos os lugares, Paris, Postdam, Vladivostok, que seu destino está em jogo. Aderimos a esta visão porque elas nos parecem verdadeiras, porque nos parecem socialmente úteis no momento presente, e porque a maior parte das pessoas nos parecem pressenti-las e reivindicá-las. Nossa revista gostaria de contribuir, por sua modesta parte, para a constituição de uma antropologia sintética. Mas não se trata somente, repitamos, de preparar um progresso no domínio do conhecimento puro: a meta longínqua a que visamos é uma libertação. Já que o homem é uma totalidade, não basta apenas dar-lhe o direito de voto, sem tocar nos outros fatores que o constituem: é necessário que ele se liberte totalmente, isto é, que se faça outro, agindo tanto sobre sua constituição biológica quanto sobre seu condicionamento econômico, sobre seus complexos sexuais e sobre os dados políticos de sua situação." (Trecho do texto de J.P. Sartre para a abertura do primeiro número da revista Les Temps Modernes - Outubro de 1945). Transcrito do site A terra é redonda.
6.2.22
Do Miguel Rep, a história de amor de Torcuato y Lana.
Há tempos que não compartilho as belas histórias do grande quadrinista Miguel Rep. O dia chuvoso e nublado deste domingo me proporcionou um encontro com o magnífico autor argentino, nesta história publicada no jornal Página 12. O amor de Torcuato y Lana. Admirável! E altamente recomendável!
5.2.22
A cidade vista da cidade
Um novo projeto literário da Atafona está disponível para o conhecimento do público. Trata-se de "A cidade vista da cidade", pensado a partir de uma imagem (abaixo)de autoria do fotógrafo Reinaldo Ziviani. No site da editora é possível o documento com as normas para a participação neste projeto.
¿Crees que la gente tendrá paciencia de leer?
Uma boa conversa entre os escritores Ricardo Piglia y Juan Villoro, publicada na revista Letras Libres em setembro de 2007. matéria da qual fiquei sabendo através do blog Calle del Orco, onde é possível obter um link para o texto integral da publicação.
"La escritura es una exploración que no agota el sentido y, como dices, suspende el problema, le encuentra nuevos detonantes, lo expande. El otro componente del consumo de literatura es la lectura. En El último lector postulas posibilidades extremas de lectores absolutos, lectores terminales; a veces en un sentido literal, como el caso del Che Guevara, un hombre que va a morir leyendo y cuyos últimos gestos son gestos de lectura, o Don Quijote, que es el último lector de una tradición, el lector que clausura las novelas de caballería" (Juan Vllloro)
Outro Renascimento?
Recebi esta imagem ontem, postada por Gabriella Truzzi em um grupo de amigos no Facebook. Sua autora é a artista britânica Jenny Saville...