Conversas sobre as coisas que leio, ouço, vejo e quero compartilhar. Um arquivo de textos jornalísticos e críticos e imagens...fragmentos de ideias, imagens e pensamentos sobre as coisas pelas quais me interesso: arquitetura, artes, cidades, cinema, design, filosofia, fotografia, literatura, memória, moda, música... Peço que, ao mencionarem ou reproduzirem o conteúdo deste blog, deem os créditos, especialmente das fontes originais (Mário Santiago)
Arquivo do blog
30.4.21
Lançamento do livro “Celso Furtado - Correspondência intelectual 1949-2004”
Celso Furtado: "Obra autobiográfica", resenhado por Alfredo Bosi
29.4.21
Encontro com a História em casa - Correspondência Intelectual de Celso F...
Com mediação de Priscila Faulhaber, pesquisadora da Coordenação de História da Ciência e Tecnologia do MAST, o bate-papo também conta com as ilustres presenças do historiador Francisco Carlos Teixeira Da Silva, cientista político e autor de livros sobre conflitos e mudanças sociais, e também da economista Inês Patrício, professora de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade e doutora em Ciência Política."
Lançamento do livro que traz a correspondência intelectual de Celso Furtado
As cartas de Celso Furtado
Foto: UH/Folhapress
Nosso destino é a estupidez, é o titulo da nota do escritor Ruy Castro sobre o livro Celso Furtado - Correspondência intelectual 1949 - 2004, publicada no jornal Folha de São Paulo do dia 25 Abr. 2021.
"Em 1964, o Brasil ficou impossível para Celso Furtado --- que os outros países, agradecidos, acolheram."
27.4.21
Paul Singer - a democracia levada ao limite
Paul Singer (1932/2018)
Foto: Wikimedia Commons
Abaixo, um trecho da nota sobre o documentário Paul Singer: uma utopia militante,realizado pelo cineasta Ugo Giorgetti, publicada no Jornal da USP.
“Ele foi um socialista próximo da social-democracia e isso me interessa muito”, continua Giorgetti, para quem Singer pode ser considerado um homem de ação que procurou fazer o possível, sem guiar-se por uma utopia, enquanto levava ao limite a ideia de democracia. “É uma coisa que veio da Revolução Francesa: igualdade, fraternidade e liberdade. Se você não tem uma das três, você não é democrata e também não é de esquerda. Porque a esquerda é isso – levar a democracia ao seu limite.”
22.4.21
No final do 26° Festival É Tudo Verdade
A cineasta brasileira Petra Costa entrevista
Alexander Nanau,diretor do documentário Collective.
18 Jan. 2021
Lembrando do Abbas Kiarostami em São Paulo
Uma boa boa cidadã
19.4.21
"A última floresta", "A última nação indígena"
A nota do crítico José Geraldo Couto, publicada na Conexão planeta e no blog do IMS, sobre o filme de Luiz Bolognesi, A última floresta. A nota e o filme são altamente recomendáveis.
15.4.21
"Kafka y la muñeca viajera" - Jordi Sierra i Fabri
"En 1923, viviendo en Berlín, Kafka solía ir a un parque, el Steglitz, que todavía existe. Un día encontró a una niñita llorando, porque había perdido su muñeca. Kafka inventó al instante una historia: la muñeca no estaba perdida, sólo se había ido de viaje, para conocer mundo. Y le había escrito a su dueña una carta, que él tenía en su casa y le traería al día siguiente. Y así fue: esa noche se dedicó a escribir la carta, con toda seriedad. (Dora Diamant, que cuenta la historia, dice: "Entró en el mismo estado de tensión nerviosa que lo poseía cada vez que se sentaba a su escritorio, así fuera para escribir una carta o una postal"). Al día siguiente la niña lo esperaba en el parque, y la "correspondencia" prosiguió a razón de una carta por día, durante tres semanas. La muñeca nunca se olvidaba de enviarle su amor a la niña, a la que recordaba y extrañaba, pero sus aventuras en el extranjero la retenían lejos, y con la aceleración propia del mundo de la fantasía, estas aventuras derivaron en noviazgo, compromiso, y al fin matrimonio e hijos, con lo que el regreso se aplazaba indefinidamente. Para entonces la niña, lectora fascinada de esta novela epistolar, se había reconciliado con la pérdida, a la que terminó viendo como una ganancia." (fragmento do artigo do escritor argentino Cesar Aira, publicado no jornal El País/Babelia, em 07 mai. 2004)
12.4.21
Alfredo Bosi: "Caminhos entre a literatura e a história"
"A São Paulo do segundo pós-guerra já não era aquela cidade ítalo-brasileira dos anos de 1920 que os modernistas cantaram e contaram. Mas, desprezando solenemente as cautelas didáticas e apostando tudo na palavra do filósofo e na força maior da nossa ânsia de aprender, o professor Ítalo Bettarello abria o seu curso lendo o período inicial da Aesthetica in nuce de Benedetto Croce: Se si prende a considerare qualsiasi poema per determinare che cosa lo faccia giudicar tale, si discernono allá prima, costanti e necessari, due elementi: un complesso d’immagini e un sentimento che lo anima." (Texto publicado no site A Terra é Redonda em 12 Abr. 2021. Foto: Lili Martins - 18.mar.99/Folhapress/Folha de São Paulo/09 Abr. 2021)
11.4.21
Alfredo Bosi: "Cultura brasileira: tradição contradição"
"Se nós queremos, ao contrário, construir uma sociedade democrática, acho que, nesse particular, devemos repensar a fundo o conceito de cultura e destruir em nosso espírito ou, pelo menos, relativizar fortemente a ideia de que a cultura é uma soma de objetos. Porque os objetos, considerados “em si”, os quadros, os livros, as estátuas, ocupam um determinado lugar no espaço, eles são sempre o outro. Por mais que eu contemple este quadro, na medida em que eu o considere como um fato, como um objeto fora de mim e fora do meu convívio, eu olharei para ele um pouco como um crente olha para o fetiche. É a ideia do fetichismo. É alguma coisa que eu não entendo, não vou entender nunca, e aliás é até muito bom que eu não entenda, porque isso dá ao objeto um mistério, um fascínio, uma magia, que se distancia de mim e faz com que eu o reverencie, como alguma coisa que eu não vá nunca alcançar."
(fragmento do texto de uma palestra do Professor Alfredo Bosi, publicado originalmente no site Arte Pensamento - IMS (1987) e no site A Terra é Redonda,em 09 Abr. 2021)
5.4.21
Para Nivaldo Santiago, In Memoriam
Poema da despedida (Mia Couto)
"Não saberei nuncadizer adeusAfinal,só os mortos sabem morrerResta ainda tudo,só nós não podemos serTalvez o amor,neste tempo,seja ainda cedoNão é este sossegoque eu queria,este exílio de tudo,esta solidão de todosAgoranão resta de mimo que seja meue quando tentoo magro invento de um sonhotodo o inferno me vem à bocaNenhuma palavraalcança o mundo, eu seiAinda assim,escrevo."
1.4.21
Outro Renascimento?
Recebi esta imagem ontem, postada por Gabriella Truzzi em um grupo de amigos no Facebook. Sua autora é a artista britânica Jenny Saville...