Caminhando pela imaterialidade
E naqueles passos dados,
Por um caminho que se enveredava
Em múltiplas direções,
O encontro dos delírios
E o falar das transgressões.
Aqueles que ali estavam
Ouviam o pronunciamento de várias línguas
E inúmeras palavras eram criadas,
Mas as palavras jamais esgotavam
O incessante transbordar dos sentimentos.
Uma das trilhas levava a uma ponte
Onde sonho e realidade se misturavam,
E a beleza era tanta que os corpos pareciam não aguentar,
Sentindo uma imensa necessidade de
Transmiti-la a outros corpos.
E, ao olhar para o horizonte,
Nessa relação entre o ser e o objeto,
Avistaram, num momento utópico,
Um terceiro homem, que vivia entre dois mundos.
Depois, uma terceira margem, ainda oculta.
Por último, os rascunhos de uma terceira obra,
Que jamais será escrita.
(Primeiro lugar no Concurso Literário Guimarães Rosa 2011 na categoria “U niversitários”. In. Anais da IV Jornada Guimarães Rosa / Organizado por Natalice Souza de Oliveira, José Carlos Serufo. – Belo Horizonte: Sobrames, 2011).
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