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6.5.18

Marx, vivo aos duzentos anos, apesar dos seus coveiros



Marx - Ilustração de Eloar Guazzelli












Ilustração de Karl Marx - Eloar Guazzelli
Interessante a entrevista publicada hoje no jornal Folha de São Paulo/Ilustríssima, com o biógrafo francês Michael Heinrich, autor de Karl Marx e o nascimento da sociedade moderna (Vol. 1), traduzido por Claudio Cardinali (Editora Boitempo).
Trechos recortados da entrevista:
“O marxismo começou logo após a morte de Marx, nos anos 1880 e 1890, quando a social-democracia alemã, pelas mãos de Karl Kautsky (1854-1938), começou a tratar Marx e Engels como clássicos. E um clássico está completo, não tem mais nada a desenvolver” (…) .
”Marx já antevia esse perigo, daí sua famosa frase ao genro, Paul Lafargue (1842-1911): ´Eu não sou um marxista´”.

“O crítico Slavoj Zizek afirmou num texto recente que ser leal a Marx hoje é deixar de ser marxista. Concorda com a afirmação?”

“É preciso antes entender o que ele quis dizer com "marxista". Lembro uma outra citação, do historiador austríaco Egon Friedell (1878-1938), que foi perseguido pelos nazistas e depois se suicidou. Ele disse certa vez: Marxistas são pessoas que nunca entenderam Marx´.Eu concordo com Zizek nesse ponto. Para levar o legado do alemão a sério, é preciso criticar o marxismo, ou seja, a tendência a criar um dogmatismo, uma visão fechada de mundo. Por outro lado, é preciso levar em conta os insights científicos de Marx.”

Outras publicações no mesmo jornal:
É urgente voltar a Marx para entender nova fase da economia, diz professor.
Nova biografia apresenta Karl Marx sem cair na tentação maniqueísta.

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